24 de agosto de 2008

Aula 3 de tga 1

Unidade. II – ABORDAGEM CLÁSSIC A

2. Taylorismo e Fordismo como modo de organização do trabalho no século XX

· No século XVII, Descartes nega todo o conhecimento recebido e salienta o poder da razão para resolver qualquer espécie de problema. Começa a substituição do tradicional pelo racional.

· No século XVIII, o Racionalismo atinge seu apogeu para ser, no século seguinte, aplicado às ciências naturais e finalmente às ciências sociais.

· Mas um campo não fora afetado pela racionalidade – o trabalho. As máquinas tornaram o trabalho mais eficiente, porém não havia a racionalização da organização.

· No século XX surge o Taylorismo racionalizando o trabalho: alguém será um bom Administrador à medida que planejar, organizar e coordenar racionalmente as atividades do subordinado.

· Fayol contribui com seu estilo esquemático e bem estruturado. É dele a clássica divisão das funções do Administrador em PLANEJAR, ORGANIZAR, COORDENAR, COMANDAR E CONTROLAR.

· O movimento da Abordagem Clássica defende que o homem é eminentemente racional e que ao tomar uma decisão conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como suas conseqüências.

· O lucro é o único valor do homem.

· A função primordial do Administrador é determinar a única maneira certa de executar o trabalho, pois o movimento Taylorista estabelece que: existe uma única maneira certa, que, descoberta e adotada, maximizará a eficiência do trabalho.

· Para determinar a produção-padrão, além de determinar a “a única maneira certa”, é preciso encontrar quem a realize.

· Surge o “homem de primeira classe” que deve servir como base para o estudo de tempos e movimentos.

· O Taylorismo desenvolve a “Lei da Fadiga”, segundo a qual existe uma relação inversa a carga levantada e o tempo em que é suportada.

· Esta lei não leva em consideração as diferenças individuais, reduz a fadiga a um problema simplesmente fisiológica, quando se sabe, hoje, que trata de um fenômeno psicofisiológico.

· Uma vez auferidos os tempos necessários para o desenvolvimento de cada atividade, estará descoberta a maneira correta de executar o trabalho.

· O Taylorismo substituí então o antigo sistema de gestão por iniciativa e incentivo, que redundava em baixa produtividade, com prejuízo para a organização e a sociedade.

· A importância do Administrador aumentava consideravelmente. Antes, ele participava da produção apenas em pequena escala, agora sua participação era muito maior, já que precisava planejar com precisão a execução de cada operação e cada movimento

· Os Administradores passam a ser os cabeças do processo, cabendo o operário apenas executar estritamente a operação planejada.

· Fixados os padrões de produção, selecionado o “homem de primeira classe”, o treinamento seria muito simples, já que o trabalho já estava padronizado, bastando ao operário aprender a realização da operação.

· O controle passa a ser mais cerrado e, portanto defendiam o controle por supervisão em lugar daquele por resultado.

MOTTA, Fernando C. Prestes. Teoria Geral da Administração. 16ª ed. São Paulo: Pioneira, 1991 –Cap. 1

· Em 1914, Ford reparte o controle acionário da sua empresa com seus empregados.

· Estabelece nesta época o salário mínimo de cinco dólares por dia e a jornada diária de oito horas de trabalho, sendo que na maioria dos países europeu, a jornada diária era de dez a doze horas.

· Racionalizando a produção, idealizou a linha de montagem, permitindo a produção em série.

· Na produção em série ou em massa, o produto é padronizado em seu material, MO, desenho e ao mínimo custo possível.

· A condição para se ter uma produção em massa, é que exista o consumo em massa, ou seja real ou potencial.

· Três condições para produção em massa:

1. a progressão do produto com o processo produtivo é planejada, ordenada e contínua;
2. o trabalho é entregue ao indivíduo em vez de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo;
3. as operações são analisadas em seus elementos constituintes.

· Três princípios básicos:

1. de intensificação – diminuir o tempo de duração com o emprego dos equipamentos e da MP e a rápida colocação do produto no mercado;
2. de economicidade – reduz o mínimo o volume de estoque da MP em transformação. Os automóveis deveriam ser pagos antes do vencimento da MP e até do pagamento dos salários. A velocidade da produção deve ser rápida. “Receber o minério no Sábado e entregar o carro na Terça”;
3. de produtividade – aumentar a capacidade do homem de produzir, através da especialização e da linha de montagem. O operário pode ganhar mais, um mesmo período de tempo, e o empresário ter mais produção.

· Acelera-se a produção, por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico.

· Ford foi um dos primeiros homens de empresa a utilizar incentivos não-salariais a seus empregados.


CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª ed. São Paulo: Ed. Campus, 2004.